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BRASIL. AS DIFÍCEIS NEGOCIAÇÕES ENTRE SEHAB E COMUNIDADE DO MOINHO

Desde o dia 22 de Dezembro, quando um grande incêndio destruiu parte da Favela do Moinho, começaram as negociações com a SEHAB para achar a solução melhor para as famílias.

Desde o dia 22 de Dezembro, quando um grande incêndio destruiu parte da Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, cerca de 400 famílias que foram afetadas pelo fogo, continuam sem ter onde morar. Algumas estão alojadas no Clube Escola Raul Tabajara e a maioria esta em baixo do Viaduto: ainda nao foram concretamente atendidas pela Prefeitura. No final de ano foi negociado para cada família um aluguel social de 450 reais por 10 meses até sair a locação social na Ponte dos Remédios (Vila Leopoldina) e até sair, em 24-30 meses, a construção, na Rua do Bosque (ao lado da comunidade), de 806 unidades habitacionais através do programa Minha Casa Minha Vida.

Dia 18 de Janeiro, na SEHAB, houve uma reunião com a presença da Secretaria Municipal, Estadual e Federal, vários vereadores, deputados estaduais e federais, o senador Suplicy, representantes da Comunidade do Moinho, defensores públicos entre outros, para negociar uma solução definitiva para a comunidade do Moinho. Depois de um longo debate entre os representantes dos 3 níveis de governo e a sociedade civil, foram apresentadas para os representantes da comunidade as seguintes opções:

  1. As 400 famílias atingidas pelo incêndio, receberão o aluguel social de 300 reais por 30 meses até sair o conjunto na rua do Bosque; as restantes 400 famílias poderão ficar na comunidade ou também pedir o aluguel social;
  2. As 400 famílias atingidas pelo incêndio receberão o aluguel social de 450 reais por 10/11 meses (ou atè terminar a construção): caso a família escolha de ir morar no conjunto da Ponte dos Remédios, sera a sua moradia definitiva e nao poderá escolher o conjunto da rua do Bosque. As restantes 400 famílias, se quiserem, também poderão ser atendidas desta forma.

Para agilizar a obra do conjunto da Ponte dos Remédios è necessária a ajuda financeira seja do governo estadual quanto do governo federal.

 

Os moradores nao ficaram satisfeitos: sao conscientes que com 300 reais de aluguel social nao conseguem alugar nada na área onde eles estão morando e,  por isso, se sentem obrigados a escolher a segunda opção. Eles queriam uma terceira opção, que na verdade estava sendo negociada inicialmente: o aluguel social de 450 reais por 10 meses atè sair a locação social na Vila Leopoldina e atè sair a moradia definitiva na rua do Bosque. A Secretaria municipal recusou totalmente essa proposta.

Dia 21 de Janeiro, as 10h, na quadra da comunidade, haverá uma assembléia para os moradores comunicarem a própria decisão.